Ciclo de reflexões sobre o papel da escola na sociedade
- Viver
- Comunicação
- Notícias Águeda
- Ciclo de reflexões sobre o papel da escola na sociedade
Realizou-se no passado dia 2 de junho, a conferência "O Modelo de Ensino no Colégio de Jesuítas da Catalunha", com o orador convidado Josep Menéndez, Diretor Adjunto da Fundació Jesuïtes Educació da Catalunha, no âmbito do ciclo de reflexões sobre o papel da escola na sociedade.
Ao longo do dia, além de estar presente na inauguração do Centro Educativo da Trofa, o orador visitou as instalações de outras duas escolas do concelho, a Escola Básica Professor Artur Nunes Vidal, em Fermentelos e a Escola Secundária Marques de Castilho. Estas visitas tiveram o intuito de conhecer melhor o sistema de ensino aplicado em Portugal e as suas diferenças e semelhanças com o modelo praticado no seu colégio de origem.
Foi ainda possível assistir in loco ao projeto “Águeda Educação +”, o qual visa introduzir nas escolas um novo modelo de aprendizagem, alicerçado em conteúdos e plataformas digitais, numa nova forma de interação entre o aluno e o professor, entre os próprios alunos, assim como com os pais, utilizando o mundo digital com o qual os alunos estão familiarizados, contribuindo para melhorar o seu desempenho escolar.
Pelas 18h00 decorreu no Salão Nobre da Câmara Municipal, a conferência com Josep Menéndez perante uma grande audiência, tendo o orador efetuado a sua apresentação intitulada “O modelo de ensino no Colégio de Jesuítas da Catalunha”.
Gil Nadais, Presidente da Câmara Municipal de Águeda, referiu que “estes ciclos de conferências pretendem ser um espaço de partilha de boas práticas, para que possamos melhorar o nosso sistema de ensino. Estas ações têm de começar no contexto da sala de aula, com a introdução de metodologias mais apelativas para as nossas crianças e jovens, para além do papel das autarquias locais dada a proximidade e conhecimento da comunidade educativa”.
O novo modelo implica uma mudança nos processos de ensino e de aprendizagem de acordo com as mudanças sociais e tecnológicas que aconteceram nos últimos anos. Isto traduz-se numa nova organização do espaço, do corpo docente, dos horários e da avaliação.
O trabalho em sala de aula desenvolve-se através de projetos interdisciplinares que integram elementos de diferentes matérias. Isto altera a habitual agenda diária divida por disciplinas. O espaço é mais amplo, com mais alunos, acompanhados por três professores. As aulas expositivas e os exames são reduzidos e perdem relevância na avaliação, que se realiza no conceito da avaliação contínua, a partir do trabalho desenvolvido pelos alunos.
Para Josep Menéndez, Diretor Adjunto da Fundació Jesuïtes Educació da Catalunha, “Primeiro houve uma fase de pegar na tesoura e no currículo e começar a cortar. O currículo é excessivo, demasiado grande, mas não podes perder os elementos essenciais, tens de garantir que o aluno os aprende. Juntámos um grupo de professores e dissemos: têm de estabelecer prioridades nos conteúdos do currículo. Esse trabalho durou dois anos. Não foram dois meses, foram dois anos. Porque começam a priorizar e só cortam uma parte, e é preciso reduzir mais. O mais importante é garantir que os alunos aprendem os conteúdos. Precisamos de mais tempo, porque precisamos de uma metodologia muito mais construtivista”.